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Rússia diz que terá uma vacina aprovada em duas semanas

As autoridades russas vão aprovar a vacina covid-19 criada pelo Instituto Gamaleya em 10 de agosto ou até mais cedo, antes dos EUA, como disse a CNN Kirill Dmitriev, diretora do fundo soberano da Rússia, à CNN ontem.A vacina, que ainda está na fase 2, será aprovada para uso público, mas os profissionais de saúde da linha de frente receberão primeiro, acrescentou Dmitriev.O fundo soberano da Rússia, que financia projetos de desenvolvimento de vacinas por cientistas russos, recorreu à corrida espacial na qual a extinta URSS e os EUA competiram para afirmar que a Rússia quer se antecipar a uma vacina dos EUA.

"É um momento Sputnik", disse ele, referindo-se ao primeiro lançamento de satélite da União Soviética em 1957.A vacina russa ainda não completou sua segunda fase ao contrário de outras, como a desenvolvida pela moderna empresa na qual as instituições públicas dos EUA colaboram, que na segunda-feira iniciou os testes clínicos da fase 3, envolvendo cerca de 30.000 voluntários, e que poderia estar pronto até o final do ano.O Instituto Gamaleya planeja concluir a Fase 2 até 3 de agosto e, em seguida, realizar a terceira fase de testes paralelamente à vacinação de médicos.A vacina usa vetores de adenovírus humanos que enfraqueceram para que não se reproduzam no corpo. Ao contrário da maioria das vacinas em desenvolvimento, é baseada em dois vetores, não um, e os pacientes receberiam uma segunda injeção de reforço.Mas não são só vacinas que os russos trabalham. Uma droga daquele país, que foi proposta no início deste mês pelo prefeito Daniel Jadue para combater o coronavírus, poderia chegar ao Chile. Ontem, a Associação Chilena de Municípios com Farmácia Popular (Achifarp) protocolou ao Instituto de Saúde Pública (ISP) o pedido de importação do Avifavir, medicamento russo que segundo aquele país conseguiu baixar a carga viral em quatro dias em 60% dos pacientes que a utilizaram. O ministro da saúde, Enrique Paris, disse na época que a droga tem apenas duas revisões sistemáticas e um estudo experimental."Estamos aguardando que esse pedido seja aprovado pela Agência Nacional de Medicamentos (Anamed), no âmbito do ISP. Entendemos que você tem cinco dias úteis para emitir uma resolução", diz Daniel Moraga, secretário executivo da Achifarp, entidade que tem a droga representada no país.Heriberto García, chefe da Anamed, esclarece que a instituição que solicita o uso de medicamentos, sem registro sanitário, para o tratamento do Covid-19, deve demonstrar inacessibilidade e fornecimento, além da existência de opcionais que buscam usá-los. "O PSI pode aprovar ou rejeitar o pedido após avaliação técnica do fundo apresentado pelo requerente, podendo também aprovar determinados grupos com restrições de uso", diz.O Achifarp tinha um histórico de encomendar entre 3 mil e 4 mil tratamentos. Seu preço ainda não está definido.

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